O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira, 11, que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é responsável pelos acertos que estão acontecendo de "forma benéfica" na economia brasileira.
O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 3,4% em 2024, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na semana passada. Apesar do bom crescimento, a economia do País deu sinais de desaceleração no quarto trimestre.
Lula participa nesta terça de inauguração de um centro dedicado ao desenvolvimento de carros híbridos na fábrica da Stellantis em Betim (MG). A montadora produz automóveis das marcas Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën e tem plano de investimento de R$ 30 bilhões no Brasil entre 2025 e 2030. Os recursos incluem a produção nas fábricas brasileiras de carros híbridos, que combinam um motor elétrico com outro convencional movido a gasolina ou etanol.
O presidente elogiou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, como responsável pela "revolução na transição energética". Durante o evento, ele criticou o governo anterior e questionou: "Quanto a economia cresceu no governo passado?". O petista também disse que seus antecessores não fizeram nenhuma obra em Minas e emendou: "Foi um governo de mentiras".
À tarde, o presidente deve participar da cerimônia que marca a expansão da fábrica da Gerdau, em Ouro Branco (MG).
Zema critica antecessor
Também presente na inauguração do centro da Stellantis em Betim, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), fez críticas a seu antecessor, Fernando Pimentel, do PT.
Sem mencionar o nome de Pimentel, o governador atual disse que assumiu, em 2019, um Estado que estava "literalmente desmoronando", referindo-se à tragédia, na mesma época, do rompimento da barragem de Brumadinho. Frisou que o governo estadual não fazia repasses de ICMS e de IPVA para os municípios mineiros. Também citou os atrasos nos pagamentos de servidores das gestões anteriores.
Ao lembrar, em seu discurso, do primeiro mandato, Zema disse que prometeu fazer um governo "da economia" e que daria exemplo como governador quando foi procurado por executivos da Fiat, do grupo Stellantis, para a discussão de novos investimentos no Estado.