Cuiabá, 18 de Setembro de 2024

ECONOMIA Domingo, 15 de Setembro de 2024, 08:49 - A | A

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Seu bolso

Herdeiro pode resgatar 'dinheiro esquecido'; saiba como

A Câmara dos Deputados aprovou na quinta-feira (12) um projeto que autoriza o governo a recolher os recursos que não foram resgatados. Caso a proposta vire lei, titulares terão 30 dias para sacar valores

G1

O Sistema Valores a Receber (SVR) do Banco Central do Brasil (BC) está com consultas abertas para você conferir se tem dinheiro esquecido em instituições financeiras. Ao todo, R$ 8,56 bilhões estão disponíveis para resgate.

No caso de pessoas falecidas, a checagem de valores pode ser feita por herdeiro, testamentário, inventariante ou representante legal. (veja mais abaixo como resgatar)

O chamado "dinheiro esquecido" voltou a ganhar o noticiário após a Câmara dos Deputados aprovar, na quinta-feira (12), um projeto que autoriza o governo a recolher os recursos que não foram resgatados pelos titulares.

Já aprovado pelo Senado, o texto vai à sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que poderá vetar trechos ou a íntegra do projeto. Em caso de vetos, a palavra final caberá ao Congresso. O mesmo projeto prevê a reoneração gradual da folha de pagamentos de 17 setores da economia.

 Caso a proposta vire lei, titulares de "dinheiro esquecido" poderão, em até 30 dias após a publicação da norma, resgatar os valores. Depois desse prazo, os recursos serão direcionados ao Tesouro Nacional.

Como resgatar o dinheiro de falecidos?
O Banco Central irá informar, após consulta no SVR, o valor exato a ser resgatado e os dados de contato (e-mail e telefones) das instituições nas quais há dinheiro esquecido. O saque deverá ser feito diretamente com as instituições.

Veja como funciona o passo a passo:

1 - A primeira etapa é saber se há valores a receber em nome da pessoa falecida.

Isso é feito pela página www.valoresareceber.bcb.gov.br. O BC ressalta que este é o único site disponibilizado para consulta.

2 - Após clicar no botão da imagem acima, será aberta a página para consulta pública.

Nessa etapa, o herdeiro precisa preencher os campos com CPF e data de nascimento da pessoa falecida.

Caso tenha valores a receber, a tela irá indicar o próximo passo.
Em caso contrário, o sistema irá sugerir uma nova consulta em outro momento, após possíveis atualizações de dados encaminhados por instituições ao BC.

3 - Confirmado que há dinheiro a resgatar, é preciso acessar a página do SVR.

De acordo com o BC, esse sistema é semelhante à compra de ingressos.
Ou seja, se houver acessos simultâneos acima da capacidade, o usuário ficará em uma sala de espera virtual aguardando sua vez.

4 - Na sequência, o usuário precisa fazer login com a conta gov.br. Os dados da conta são do próprio herdeiro, e não da pessoa falecida. 

A criação da conta gov.br é gratuita. O cadastro pode ser feito pelos seguintes caminhos:
Site Acesso  (https://sso.acesso.gov.br)
App gov.br (link iOS ou link Android)

5 - Em seguida, o usuário será encaminhado para o valor a receber.

Nessa página, basta selecionar o botão "valores de pessoas falecidas".

6 - Na tela seguinte, o usuário terá que informar o CPF e a data de nascimento do falecido.

Essa é uma das etapas finais para acesso às informações de valores a receber.

7 - É preciso aceitar o Termo de Responsabilidade para prosseguir no sistema.

Após concordar, o usuário terá acesso aos dados do falecido. Os registros de acesso ficarão gravados na base de dados do BC.
O responsável pela consulta irá se comprometer a manter os dados acessados em sigilo, dentro das previsões da lei.

8 - Caso haja dinheiro esquecido, as respectivas contas aparecerão na tela.

A visualização será feita por faixa de valor, conforme o exemplo abaixo. O resultado também irá mostrar as instituições e seus respectivos canais de contato.
O usuário terá opções de compartilhar, imprimir ou salvar a tela. Não poderá, no entanto, usar o sistema para solicitar o valor. Isso deverá ser feito diretamente com as instituições.

9 - O responsável pelo preenchimento deve entrar em contato com as instituições.

Elas deverão orientar sobre como solicitar o recurso, incluindo a documentação necessária.
De acordo com o BC, os dados de quem aceitou o termo e realizou a consulta serão mantidos em sigilo.

 

 

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