Cuiabá, 11 de Março de 2025

INTERNACIONAL Segunda-feira, 10 de Março de 2025, 08:01 - A | A

Segunda-feira, 10 de Março de 2025, 08h:01 - A | A

confronto armado

Acusada de limpeza étnica, Síria anuncia fim de ofensiva

Os confrontos entre os partidários de Assad e os novos governantes do país mataram mais de mil pessoas, sendo cerca de 70% civis

CNN

Em anúncio divulgado nesta segunda-feira (10), o Ministério da Defesa da Síria anunciou a conclusão das operações militares para combater os remanescentes apoiadores do ex-presidente deposto Bashar al-Assad. Os confrontos entre os partidários de Assad e os novos governantes do país mataram mais de mil pessoas, sendo cerca de 70% civis, de acordo com um grupo de monitoramento de guerra. As informações são da agência de notícia Reuters.

Em publicação no X, o porta-voz do Ministério, Hassan Abdul Ghany, disse que as instituições agora podem retornar para os trabalhos normalmente e também fornecer os serviços essenciais. Ele também comentou que há planos para continuar os combates aos remanescentes do antigo governo e "eliminar ameaças futuras":

"Estamos abrindo caminho para que a vida volte ao normal e para a consolidação da segurança e da estabilidade", afirmou.

O confronto iniciou após o novo governo, que entrou no lutar do ex-ditador, buscou reprimir uma tentativa de insurgência da minoria religiosa alauíta, à qual pertence Assad. Eles se concentram, em especial, na região de Latakia e Tartus, que fica na ponta noroeste do país. Essa é a versão dada pelo governo sírio.

A situação escalonou para um confronto que envolvia a população da região - maioria que foi morta - e também apoiadores de Assad. Segundo as últimas informações, Bashar estaria em um exílio na Rússia. Grande parte da população local busca, inclusive, refúgio em uma base russa localizada em Hmeimim, na cidade de Latakia. A informação é da BBC.

O grupo nega, entretanto, a versão do governo. Eles afirmam que têm sido alvo de perseguição dos sunitas radicais que tomaram o poder em dezembro passado e que são vistos por eles como "hereges". O porta-voz de uma associação do grupo disse que grupos jihadistas ligados ao novo governo sírio estão promovendo uma limpeza étnica e se livrando dos corpos no mar para esconder as evidências dos crimes.

 Os alauítas são uma ramificação do islamismo xiita e representam cerca de 10% da população síria, composta majoritariamente por muçulmanos sunitas.

 

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