Cuiabá, 11 de Dezembro de 2024

INTERNACIONAL Quinta-feira, 05 de Dezembro de 2024, 07:52 - A | A

Quinta-feira, 05 de Dezembro de 2024, 07h:52 - A | A

investigação

Assassino do CEO pode ter deixado mensagem escrita nas balas em crime, revela polícia

Brian Thompson, executivo da UnitedHealthcare, estava saindo do hotel Hilton, em Manhattan, quando foi morto a tiros

Revista Monet

O assassinato de Brian Thompson, CEO da UnitedHealthcare - maior seguradora de saúde dos EUA -, estava envolto em mistério e brutalidade após um homem ainda não identificado abrir fogo contra o executivo na porta do hotel Hilton, em Manhattan. Contudo, novas informações vindas da polícia deixam o caso tão intrigante quanto um roteiro de suspense policial aos moldes de 'Se7en - Os Sete Crimes Capitais', 'O Colecionador de Ossos' e 'Zodíaco'.

Tudo porque fontes policiais informaram que o assassino do executivo - cujo grupo, no Brasil, foi dono da operadora de planos de saúde Amil até 2023 - deixou mensagens gravadas nas balas usadas no crime.

De acordo com fontes policiais ouvidas pelo New York Post, o criminoso foragido parece ter marcado os projéteis com as palavras "negar", "depor" e "defender", que estão sendo analisadas pelo departamento de polícia de Nova York (NYPD).

A polícia recuperou três cartuchos de 9 milímetros e três cápsulas descarregadas em frente ao hotel Hilton na Sixth Avenue, onde Thompson, de Minnesota, sediaria uma conferência de investidores naquela manhã, disseram autoridades policiais. O homem mascarado se aproximou dele e efetuou vários disparos por volta das 6h46, no horário local.

Fontes disseram que várias das evidências continham uma palavra cada, indicando que o assassino pode ter tentado deixar uma mensagem enquanto os investigadores tentam descobrir um motivo. O criminoso usou um silenciador e aparentava ter experiência em tiro.

O atirador esperava pelo CEO, que tinha um salário anual de quase US$ 9,9 milhões, se aproximou dele e disparou vários tiros à queima-roupa. A arma emperrou, mas o assassino conseguiu destravá-la e continuou atirando enquanto sua vítima tentava rastejar em fuga.

O homem então correu, pegou uma bicicleta e pedalou em direção ao Central Park, onde a cobertura por câmeras de vigilância seria irregular, e desapareceu. O CEO foi levado às pressas para o Hospital Mount Sinai West e foi declarado morto às 7h12, disse a polícia.

No entanto, a investigação alega que o criminoso deixou algumas provas que podem facilitar no seu reconhecimento. Ele fez compras em um café próximo a cena do crime, deixando possíveis digitais na garrafa de água e na xícara de café consumidas no local e que já foram obtidas pela polícia. Também foi encontrado um telefone em um beco perto do hotel, que acreditam pertencer ao assassino. O sigilo já foi retirado e agora o dispositivo já está sendo investigado.

"Com base nas evidências que temos até agora, parece que a vítima foi especificamente visada", disse o chefe de detetives do NYPD, Joe Kenny, em uma coletiva. "Mas neste momento, não sabemos o porquê. Isso não parece ser um ato aleatório de violência", concluiu.

A esposa de Thompson, Paulette, disse que a família havia recebido ameaças antes do assassinato de seu marido. "Houve algumas ameaças", ela disse à NBC News. "Basicamente, não sei, falta de cobertura? Não sei detalhes. Só sei que ele disse que havia algumas pessoas que o estavam ameaçando", relatou.

Uma caçada ao suspeito está em andamento e o NYPD está oferecendo uma recompensa de US$ 10.000 por informações.

Comente esta notícia