Cuiabá, 16 de Setembro de 2024

INTERNACIONAL Quarta-feira, 21 de Agosto de 2024, 15:40 - A | A

Quarta-feira, 21 de Agosto de 2024, 15h:40 - A | A

por segurança

Donald Trump usa painel de vidro em primeiro comício a céu aberto desde atentado

Comício em Asheboro, na Carolina do Norte, é o primeiro desde tentativa de assassinato em 13 de julho

G1

O ex-presidente Donald Trump discursou atrás de um vidro à prova de balas nesta quarta-feira (21), no primeiro comício a céu aberto desde que sofreu um atentado durante comício na Pensilvânia, em julho.

Segundo o jornal americano "The New York Times", a segurança do comício foi altamente reforçada em relação ao comício em Butler, na Pensilvânia, quando ele foi atingido por uma bala de fuzil AR-15 na orelha. (Leia mais sobre o atentado abaixo)

Entre as melhorias estão, além do vidro à prova de balas, atiradores de elite ao redor do local do comício e unidades de armazenamento móveis bloqueando a visão do evento para quem está fora do local.

No entanto, a disposição geral do comício é semelhante ao comício em Butler, segundo relatos de pessoas presentes no evento. Veja fotos do evento abaixo.

A instalação dos vidros à prova de balas, medida comumente utilizada apenas com presidentes e vice-presidentes em exercício, foi determinada pelo Serviço Secreto para os próximos comícios de Trump. A barreira de vidros do comício desta quarta cerca Trump em três flancos diferentes.

Uma autoridade do Serviço Secreto disse ao jornal americano "The Washington Post" que a agência federal de segurança começou a posicionar painéis de vidro à prova de balas em várias partes do país, facilitando o transporte para diferentes eventos de Trump. Segundo a fonte do Serviço Secreto, o vidro balístico também poderia ser utilizado em eventos de Kamala Harris, candidata democrata à presidência, caso fosse necessário.

Entre o dia 13 de julho, quando sofreu a tentativa de assassinato, e esta quarta (21), Trump tinha apenas realizado falas públicas em locais fechados, como na Convenção Nacional Republicana, em entrevistas coletivas e em eventos menores de associações --na terça, o republicano falou a uma academia de polícia de Michigan--, segundo recomendação do Serviço Secreto.

Durante seu discurso, Trump chamou ao palco xerifes que integram a segurança do evento. "Não sei se o palco aguentará o peso de todo mundo, mas já tivemos situações piores que essa", brincou o republicano. (Veja na imagem abaixo)

Trump agradeceu os xerifes, dizendo que eles são a razão pela sua campanha estar realizando um comício no estado.

No comício desta quarta, Trump voltou a afirmar que as guerras na Ucrânia e na Faixa de Gaza não teriam ocorrido caso ele fosse presidente, e duvidou da capacidade de Kamala Harris de lidar com as tensões geopolíticas do mundo.

"Se Kamala for eleita, a 3ª Guerra Mundial é praticamente garantida", disse o republicano.

Relembre o atentado
Trump estava fazendo um comício na cidade de Butler, na Pensilvânia, quando foi alvo do atentado. Um vídeo registrou o exato momento em que o ex-presidente reage ao ouvir tiros de arma de fogo. Um espectador morreu e outros dois ficaram feridos. Veja acima.

Durante os disparos, Trump levou a mão à orelha e se abaixou. Na sequência, agentes do Serviço Secretos dos Estados Unidos protegeram o republicano.

Ele foi retirado do local instantes depois. Antes, acenou para o público e apareceu com a orelha ensanguentada. Trump foi levado para o hospital e recebeu alta cerca de três horas depois.

O ex-presidente Donald Trump, candidato do Partido Republicano às eleições americanas de 5 de novembro, disse que não estaria vivo se não tivesse "mexido a cabeça no último instante".

"Se eu não tivesse virado a cabeça naquele momento, aquele assassino teria atingido o seu alvo. E nós não estaríamos juntos aqui hoje. [...] Tive Deus do meu lado."

O ex-presidente fez uma publicação horas após o atentado em uma rede social para comentar o ocorrido.

"Eu levei um tiro que atingiu o pedaço superior da minha orelha direita. Eu soube imediatamente que algo estava errado quando ouvi um zumbido, tiros e imediatamente senti a bala rasgando a pele. Sangrou muito, e aí me dei conta do que estava acontecendo", escreveu Trump.

O atirador foi identificado como Thomas Matthew Crooks. Ele tinha 20 anos e foi morto por um sniper do Serviço Secreto dos Estados Unidos. Com ele, as autoridades encontraram um fuzil AR-15.

O FBI está investigando a motivação do atentado. Celulares e equipamentos eletrônicos de Crooks estão sendo analisados. As autoridades já revelaram que o atirador pesquisou sobre informações e datas envolvendo Trump e Biden.

 

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