Cuiabá, 18 de Setembro de 2024

POLÍCIA Sábado, 14 de Setembro de 2024, 11:37 - A | A

Sábado, 14 de Setembro de 2024, 11h:37 - A | A

guerra de facções

Candidata a vereadora e irmã são mortas após serem sequestradas

Os militares requisitaram apoio do GAP de Mirassol d’Oeste e do Gefron para procurar os suspeitos, contudo os criminosos não foram achados ainda

Da Redação

Duas irmãs foram mortas a facadas e outras duas pessoas ficaram feridas após terem sido sequestrados e torturados em um cativeiro, na madrugada deste sábado (14), em Porto Esperidião (a 326 km de Cuiabá). As vítimas foram identificadas como a candidata a vereadora Rayane Alves Porto,28, e Rithiele Alves Porto,25.

As irmãs tiveram os cabelos cortados e foram assassinadas a facadas por membros de facção criminosa após sequestro do grupo na saída de um evento. Além delas, dois homens também foram vítimas, sendo um deles torturado fisicamente, mas conseguiu escapar com vida.

O crime ocorreu na Rua Marechal Cândido, no centro da cidade. De acordo com informações da Polícia Militar, um jovem chegou à unidade policial pedindo socorro. Ele relatou que, ao sair do Festival de Pesca, ele e outras três pessoas foram sequestrados por nove indivíduos, entre eles sete homens e duas mulheres. Eles foram levados para uma casa, onde foram mantidos em cativeiro e submetidos a sessões de tortura.

Ele contou que conseguiu fugir pulando muros, mas que os amigos estavam na casa ainda. No local, a polícia encontrou um jovem gravemente ferido, com um dos dedos e a orelha cortados. Ele também apresentava ferimentos de facada na região da nuca.

Em outros cômodos da casa, foram encontrados dedos e cabelos de uma das irmãs. Já no último quarto à direita, estavam os corpos de Rayane e Rithiele, que apresentavam sinais de tortura por arma branca e tiveram os cabelos cortados, segundo a Polícia Militar.

A testemunha que conseguiu fugir relatou que os suspeitos se identificaram como membros de uma facção criminosa e exigiram dinheiro das vítimas, ameaçando matá-las caso não pagassem. Ainda segundo a testemunha, a motivação do crime seria uma foto tirada pelas vítimas no Rio Jauru, onde elas faziam um gesto que simboliza o número três, um sinal reconhecido como provocação no mundo do crime e que faz referência ao Primeiro Comando da Capital (PCC).

Os militares requisitaram apoio do GAP de Mirassol d’Oeste e do Gefron para procurar os suspeitos, contudo os criminosos não foram achados ainda. A vítima sobrevivente foi socorrida pela equipe de saúde da Unidade Básica de Saúde (UBS) de Porto Esperidião e está em estado estável, sem risco de morte.

 

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