De acordo com a TF Agroeconômica, o mercado de trigo no Rio Grande do Sul tem apresentado um ritmo lento nas negociações, com estimativas de vendas futuras entre 200.000 e 250.000 toneladas. No mercado disponível, os moinhos gaúchos estão bem abastecidos, principalmente com trigos de qualidade mediana.
Essa boa posição em estoque foi impulsionada pelas moagens reduzidas durante o mês de agosto, o que permitiu aos moinhos estenderem suas compras para setembro. Atualmente, os vendedores estão pedindo R$ 1.350,00 por tonelada (FOB) para trigos com PH mínimo de 77 e qualidade panificável. No entanto, esses preços não estão sendo alcançados, com os moinhos oferecendo no máximo R$ 1.300,00, e apenas para lotes que garantam qualidade suficiente para panificação.
Em Santa Catarina, o mercado também segue devagar, refletindo a baixa demanda por farinha. Os preços da saca de trigo em Santa Catarina variaram conforme a região: em Campos Novos, a cotação se manteve em R$ 75,00, enquanto em Chapecó houve um aumento de 3,03%, atingindo R$ 68,00. Em Pinhalzinho, o preço subiu para R$ 72,00, também com alta de 2,86%. Outras regiões como Mafra e Concórdia também registraram elevações de 3,03%, com os preços alcançando R$ 68,00 e R$ 67,00, respectivamente.
No Paraná, o mercado de trigo da safra nova tem apresentado preços praticamente iguais aos da safra velha. Os moinhos da região estão operando, em sua maioria, com trigo importado e proveniente do Rio Grande do Sul, devido à escassez de ofertas no próprio estado. Vendedores de trigo da safra nova estão pedindo valores entre R$ 1.530 e R$ 1.550 por tonelada (FOB). No entanto, a safra paranaense também foi impactada por eventos climáticos adversos, especialmente nos Campos Gerais, onde cerca de metade das lavouras foi severamente atingida pelas geadas.
