Cuiabá, 18 de Outubro de 2024

BRASIL Quinta-feira, 18 de Julho de 2024, 09:47 - A | A

Quinta-feira, 18 de Julho de 2024, 09h:47 - A | A

desde 2011

Brasil tem queda de mortes violentas, mas média é quase 4 vezes superior à taxa mundial

Redação

O Brasil registrou em 2023 o menor número de mortes violentas intencionais desde 2011, com 46.328, mas o país tem uma média de homicídios quase quatro vezes superior à taxa mundial. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (18) pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2024.

Na categoria de mortes violentas intencionais estão incluídos os homicídios dolosos, os feminicídios, os latrocínios, as lesões corporais seguidas de mortes, as mortes de policiais e as mortes decorrentes de intervenção policial.

Segundo a publicação, as mortes violentas intencionais tiveram uma redução de 3,4% em suas taxas por 100 mil habitantes em 2023, em relação ao ano anterior. Em 2022, o Brasil teve 47.963 ocorrências desse tipo.

O país começou a reduzir a quantidade de mortes violentas intencionais por ano em 2018. Entre 2017, ano em que houve uma quantidade recorde de 64.079 ocorrências, e 2023, com 46.328 casos, as estatísticas caíram 27,7%.

Apesar disso, a publicação destaca que no ano passado o país teve uma média de 22,8 mortes violentas intencionais para cada grupo de 100 mil habitantes.

Essa taxa é quase quatro vezes maior do que a taxa mundial de homicídios, que segundo o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime é de 5,8 mortes por 100 mil habitantes.

O Anuário Brasileiro de Segurança Pública diz que “é preciso reconhecer que a tendência de queda é consistente e constante, mas é preciso alertar para o fato de o trajeto ainda ser longo e tortuoso”.

“No Brasil vivem aproximadamente 3% da população mundial. Mas o país, sozinho, responde por cerca de 10% de todos os homicídios cometidos no planeta. Dito de outra forma, os níveis de violência letal no Brasil estão longe de serem considerados adequados e/ou condizentes com padrões mínimos de desenvolvimento humano e social”, diz o relatório do Anuário.

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