Cuiabá, 12 de Novembro de 2024

CIDADES Segunda-feira, 04 de Novembro de 2024, 14:22 - A | A

Segunda-feira, 04 de Novembro de 2024, 14h:22 - A | A

OPERAÇÃO CLEÓPATRA

Justiça decreta prisão preventiva de ‘musa da Pirâmide’

A operação investigou um esquema de pirâmide financeira que teria causado um prejuízo estimado em R$ 2,5 milhões

Da Redação

O juiz Mirko Vincenzo Giannotte, da Comarca de Sinop, converteu em preventiva a prisão da empresária Taiza Tossat e de seu marido, Wander Aguilera Almeida, detidos na última quinta-feira (31) durante a Operação Cleópatra. Na decisão ele considerou a gravidade dos crimes e a periculosidade dos suspeitos.

A operação investigou um esquema de pirâmide financeira que teria causado um prejuízo estimado em R$ 2,5 milhões. Taiza, apontada como a líder do esquema, foi presa ao desembarcar no aeroporto de Sinop junto com seu companheiro, Wander Aguilera, também detido. O juiz ainda negou o pedido de sigilo do processo.

 Em busca realizada no endereço de Taiza, localizado em um condomínio de luxo, a Polícia Civil apreendeu além de R$ 420 mil em cheques, joias, relógios, anabolizantes de venda proibida no Brasil, celulares, notebook, cartões de créditos e documentos de uma moto BMW e de um Jeep Renegade.

De acordo com os autos, munições de calibre restrito (.357) foram encontradas no quarto de Taiza e o atual marido, Wander Aguilera Almeida. Questionada, ela respondeu que as munições eram de Wander.

Além de Taiza e Wander, a investigação aponta o envolvimento de outras pessoas no esquema, incluindo um médico e o ex-marido de Taiza, um ex-policial federal. O ex-policial atuava como gestor de negócios, e o médico, segundo a Polícia Civil, ocupava o cargo de diretor administrativo na empresa DT Investimentos, que seria usada como fachada para o esquema. Juntos, eles teriam impactado financeiramente diversas famílias, incluindo amigos e parentes próximos.

 O Ministério Público pediu a conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva. A defesa do casal pediu o relaxamento da prisão, argumentando excesso de prazo para a realização da audiência de custódia. Taíza e Wander foram presos no dia 31, mas só passaram por audiência na tarde de sábado (2). O juiz, porém, viu que a prisão está justificada.

“No presente caso, constato que se encontram presentes todos os requisitos ensejadores da prisão preventiva (...). Os indícios de materialidade e autoria delitiva decorrem dos elementos de prova acostados aos autos, mais precisamente, pelo depoimento dos policiais que participaram da abordagem, corroborado com os demais elementos constantes do caderno processual”, pontuou.

“Percebe-se a necessidade de manutenção da prisão, (...) não havendo que se falar, portanto, em liberdade provisória ou outras medidas cautelares, eis que as medidas cautelares diversas da prisão mostram-se inadequadas e insuficientes no caso”, afirmou o juiz ao converter em preventiva a prisão em flagrante.

 

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