A economia brasileira subiu 0,84% em agosto, após registrar queda em setembro, mostram dados do IBC-Br (Índice de Atividade Econômica) divulgados nesta quinta-feira (14), pelo Banco Central. No acumulado do ano, o índice teve alta de 3,3%. O indicador é conhecido por antecipar o resultado do PIB (Produto Interno Bruto) — a soma de todos os bens e produtos finais produzidos no país.
O resultado de setembro levou o IBC-Br aos 153,9 pontos na série dessazonalizada (livre de influências).
Na comparação com setembro de 2023, o IBC-Br teve alta de 5,1%, enquanto no acumulado em 12 meses a expansão foi de 3%. No consolidado do trimestre encerrado em setembro, o indicador encerrou com alta de 1,1%. Na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, o crescimento foi de 4,7%.
Os dados do IBC-Br são coletados de uma base similar à do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), órgão responsável pelo indicador oficial sobre o crescimento econômico.
IBC-Br e taxa de juros
O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica do país e ajuda o BC a tomar decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic, definida atualmente em 11,25% ao ano. O índice incorpora informações sobre o nível de atividade de setores da economia — indústria, comércio e serviços e agropecuária —, além do volume de impostos.
A Selic é o principal instrumento do BC para alcançar a meta de inflação. Quando o Copom (Comitê de Política Monetária) do BC aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas ajudam a redução da inflação, mas também podem dificultar a expansão da economia.