Cuiabá, 05 de Fevereiro de 2025

INTERNACIONAL Terça-feira, 04 de Fevereiro de 2025, 08:17 - A | A

Terça-feira, 04 de Fevereiro de 2025, 08h:17 - A | A

conflito armado

Grupo rebelde M23 declara cessar-fogo no Congo; ao menos 700 morreram, diz ONU

Nesta segunda-feira (3), equipes da Cruz Vermelha enterraram os corpos das vítimas. Negociações estão previstas para o próximo fim de semana

France Presse

O grupo rebelde M23, apoiado por Ruanda, anunciou um cessar-fogo unilateral a partir desta terça-feira (4), no leste da República Democrática do Congo (RDC), enquanto aguarda as negociações previstas para o próximo fim de semana.

Em um comunicado divulgado na noite desta segunda-feira (3), o M23 disse que tomou a decisão por "por razões humanitárias".

Em conjunto com as tropas de Ruanda, o grupo armado antigovernamental tomou o controle da cidade de Goma, a capital da província de Kivu do Norte, na semana passada. Embora os combates tenham cessado na cidade, nos últimos dias confrontos foram registrados na província vizinha, Kivu do Sul.

O grupo afirmou que não tem a intenção de tomar o controle de Bukavu, a capital de Kivu do Sul, ou de outras localidades, apesar de ter anunciado na semana passada que pretendia "prosseguir com a marcha" em direção a Kinshasa, capital da RDC.

De acordo com um balanço divulgado pelo principal porta-voz da ONU na sexta-feira (31), feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e parceiros, ao menos 700 pessoas morreram e 2.800 ficaram feridas desde que os confrontos se intensificaram no país.

Nesta segunda, equipes da Cruz Vermelha congolesa foram clicados levando corpos de vítimas para serem enterrados no cemitério.

 O leste do Congo é uma região rica em recursos naturais como ouro, tântalo e estanho, usados na produção de baterias e aparelhos eletrônicos.

O governo congolês acusa o país vizinho de querer saquear os recursos, mas Ruanda nega e afirma que, para garantir sua segurança, deseja erradicar os grupos armados da região, em particular os que foram criados por ex-funcionários hutus, responsáveis pelo genocídio tutsi em Ruanda em 1994.

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