Recentemente passamos por uma tratativa sobre o contrato de trabalho para o gestor de nossa cidade. E o zelador escolhido para ser o regente de nossa cidade alicerçado na sustentabilidade urbana (que é o local em que a grande maioria de nós cuiabanos vivem e sobrevivem) deve ter como meta a garantia de um futuro melhor ecologicamente, economicamente e socialmente para nossa cidade e seus habitantes, reduzindo o impactos ambientais da ocupação da cidade, melhorando a qualidade de vida das pessoas, promovendo a igualdade social, fomentando a economia local, e protegendo o patrimônio cultural, para que possamos melhorar a saúde pública e universal, reduzindo a poluição principalmente nos corpos hídricos, fazendo mais com menos, aumentando a produtividade, tudo baseado em políticas públicas equilibradas, viáveis e justas, mais sustentáveis desde sua gênese nas bases sócio ambientais.
Estamos a enfrentar o limiar do colapso ambiental, sentidos a cada dia com as ondas de calor cada vez mais intensas (sim, concordamos que sempre houveram veranicos e tais quais, com agudas sensações de calor, mas nunca em tão ampla sequência recorrentes e acentuadas), em um só exemplo refletido na crise ambiental contemporânea, entre outros. E desde o entendimento ou simples percepção desta questão, já vai indicar para cada um ou cada uma qual o seu caminho... pois caminhante isso indicará de qual lado está nessa história que se faz ao caminhar todos os dias.
Este processo de enfrentamento das questões ecológicas só é possível com uma construção coletiva inclusiva, não imposta, não sectária, não extremista.
Você vem? Para olhar o que todo mundo vê e não enxerga...
Como está não é mais possível, e que as coisas não precisam ser do jeito que são.
Tudo será importante para nos entender como coletivo e superar todos os desafios do tempo histórico atual.
Enfrentar o alargamento do colapso ambiental significa desde não se deixar enganar pelas táticas extremistas, dos discursos radicais e simplistas (combatendo ao pensar criticamente para não aceitar informações sem questionar ou analisar calma e racionalmente, se posicionando atentamente às emoções que são usadas para manipular a opinião). Atividades que efetivamente só levam a sociedade para uma polarização e divisão social, radicais e intolerantes com outros pontos de vistas diferentes, violência e aumento dos conflitos (inclusive familiares), erosão da democracia ao minar as instituições públicas que deveriam planejar nossos bem estar, ao rejeitar aos princípios da liberdade e igualdade, diminuição ou supressão dos direitos humanos, propiciando sofrimento e injustiça para muitos, e desestabilização econômica ao criar incertezas e instabilidades.
É importante não se deixar enganar por táticas extremistas, que utilizam como atração pelos seus desideratos a pauta dos costumes (de como deve se vestir, como deve professar sua fé, onde deve ir, como deve dispor de seu corpo, e por aí vai), que nada tem a ver com a gestão eficiente e sustentável do município.
Por que devemos reagir? É possível?
Estarmos antenados, informados, para poder compreender melhor este mundo atual, e poder engajar na construção de cidades sustentáveis, resilientes, justas e inclusivas, que se insiram na abrangência do verdadeiro significado de um ambiente em desenvolvimento sustentável. É preciso esperançar que tudo se encaixará com equilíbrio, buscando o viável para fazer o inédito, temos hoje (e mesmo que alguns neguem), uma nova revolução já em evidência nesta Era da Informação: da Inteligência Artificial.
Ao permitir-se ousar, inovar para não ficarmos parados, deixando que outros interesses (que não seus desejos, vontades e aspirações) decidam por você. Como já dito: “caminhante, o caminho se faz ao caminhar”, sendo mais importante mostrar de que lado se esta durante a caminhada, do que propriamente chegar ao ponto final... e as forças populares, sistêmicas, comunitárias e inclusivas nos fazem avançar e andar pra frente.
(*) ARCHIMEDES PEREIRA LIMA NETO é engenheiro cuiabano.