Cuiabá, 04 de Fevereiro de 2025

AGRONEGÓCIO Sexta-feira, 31 de Janeiro de 2025, 14:37 - A | A

Sexta-feira, 31 de Janeiro de 2025, 14h:37 - A | A

MERCADO

Seca no Sul eleva preços de soja e milho

No mercado do milho, os futuros também registraram ganhos

Agrolink

Na semana passada, os futuros da soja avançaram, com o contrato para março de 2025 fechando a US$ 10,55 por bushel, registrando uma valorização de 2,1%. Esse movimento de alta foi impulsionado principalmente pelas preocupações com as condições climáticas na América do Sul, particularmente na Argentina, que reduziu suas estimativas de produção para a safra 2024/2025 devido à seca prolongada. No Brasil, a expectativa é de uma revisão das estimativas de safra em 3 de fevereiro, com a StoneX projetando uma possível redução na produção, especialmente no Rio Grande do Sul, que sofreu com a falta de chuvas. Apesar disso, a safra brasileira ainda deve alcançar um recorde de produção.

Além da seca na Argentina, as incertezas climáticas no Brasil também têm gerado um impacto considerável sobre o mercado da soja. Embora as projeções gerais para a safra brasileira ainda indiquem números positivos, a revisão das estimativas pode afetar a dinâmica do mercado nos próximos dias. De forma geral, as preocupações com o clima e a possibilidade de cortes nas previsões de produção sul-americana seguem sendo os principais motores dos preços da oleaginosa.

 

No mercado do milho, os futuros também registraram ganhos na última semana, com o contrato de março de 2025 negociado a US$ 4,865 por bushel, uma alta de 0,5%. Esse movimento foi impulsionado por um enfraquecimento do dólar, que tem beneficiado as commodities em Chicago. Além disso, as preocupações com o clima na Argentina, que afetaram a oferta de milho na região, seguiram oferecendo suporte ao mercado. Contudo, o preço enfrentou forte resistência ao atingir o patamar de US$ 5,00 por bushel, resultando em uma correção nos preços ao final da semana.

 

No Brasil, a cotação do milho na B3 apresentou uma queda significativa de 2%, fechando a semana a R$ 75,15 por saca. Essa desvalorização foi principalmente causada pela pressão do dólar, que perdeu força frente ao real desde o final de dezembro.

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