Cuiabá, 18 de Setembro de 2024

CIDADES Segunda-feira, 16 de Setembro de 2024, 07:49 - A | A

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Crime ambiental

Incendiários desrespeitam a lei porque ela é frouxa e não dá cadeia, afirma Mendes

Governador ressaltou que o desrespeito às leis e a impunidade para crimes ambientais estão corroendo o país

Da Redação

O governador Mauro Mendes (União Brasil) defendeu mudanças nas legislações como forma de evitar a ocorrência de incêndios em áreas rurais por motivações criminosas ou desleixo da população.

“É um verdadeiro absurdo que pessoas provoquem incêndios de forma criminosa, prejudicando o meio ambiente e a saúde de todos, e fiquem no máximo algumas horas na cadeia, de tão frouxa que é a lei”, pontuou o gestor, durante entrevista para o Jornal da Gente, da Rádio Bandeirantes.

Mauro ressaltou que o desrespeito às leis e a impunidade para crimes ambientais estão corroendo o país. “Bandidos e criminosos perderam o medo da justiça, e a violência se manifesta em todos os campos, principalmente no meio ambiente. Precisamos de leis mais duras e inteligentes para combater essa realidade e garantir a proteção do nosso meio ambiente”, falou.

Conforme o governador, o Estado vem fazendo sua parte, citando investimentos de mais de R$ 360 milhões para combater os incêndios florestais e o desmatamento ilegal, sendo R$ 75 milhões somente neste ano, e que são mais de 900 bombeiros em Mato Grosso que estão arriscando suas vidas por conta de atos que são, em sua maioria, criminosos ou irresponsáveis.

"O combate aos incêndios exige um esforço conjunto e investimentos robustos. Em seis anos de governo, já destinamos mais de R$ 360 milhões para combater os incêndios florestais e o desmatamento ilegal, sendo R$ 75 milhões somente neste ano. Essa luta exige planejamento e ações estratégicas, e estamos trabalhando incansavelmente para proteger nosso estado”, pontuou, reforçando que todos os casos de incêndio em Mato Grosso estão sendo investigados.

“Sabemos que entre os casos de incêndio no estado existem ações criminosas, ações irresponsáveis que prejudicam a todos nós. Já prendemos algumas pessoas suspeitas de praticar esses crimes e estamos investigando cada uma dessas situações para esclarecer e punir de acordo com a lei”, ressaltou.

Defensor do combate ao desmatamento ilegal, o chefe do executivo mato-grossense salientou que no caso das queimadas na área rural “é complicado, porque às vezes o fogo não é colocado pelo proprietário da terra”.

“Nenhum produtor coloca fogo na sua terra. Aquele ativo, aquela massa seca é um patrimônio também. Você acha que um dono de loja coloca fogo no seu estoque e dá risada? Aquela palhada que tem na fazenda é estoque, é matéria-prima. Faz parte do processo produtivo dele. Então como é que eu vou penalizar um cara que foi penalizado muitas vezes por um incêndio ou causado por terceiros de forma irresponsável, criminosa ou não?”.

 

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