Cuiabá, 04 de Dezembro de 2024

INTERNACIONAL Quarta-feira, 04 de Dezembro de 2024, 09:23 - A | A

Quarta-feira, 04 de Dezembro de 2024, 09h:23 - A | A

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Ministro sul-coreano assume culpa por lei marcial e renuncia

Kim Yong-hyun afirmou que apresentou nesta quarta (4) seu pedido de demissão ao presidente Yoon Suk Yeol após crise causada pela lei marcial

G1

O Ministro da Defesa da Coreia do Sul, Kim Yong-hyun, pediu desculpas e assumiu a responsabilidade nesta quarta-feira (4) pela crise causada pela lei marcial, decretada pelo presidente Yoon Suk Yeol e rapidamente revogada pelo Parlamento, segundo a agência de notícias sul-coreana Yonhap.

Yong-hyun disse também que ofereceu sua renúncia a Yeol. Como ele é um ministro, o chefe do Executivo precisa aprovar o pedido. O ministro também era alvo de pedidos de impeachment, assim como o presidente.

"Em primeiro lugar, lamento profundamente e assumo total responsabilidade pela confusão e preocupação causadas ao povo e relação à lei marcial emergencial. Assumi total responsabilidade por todos os assuntos relacionados à lei marcial e apresentei minha renúncia ao presidente", afirmou Kim em uma declaração enviada aos jornalistas.

A renúncia do ministro da Defesa ocorre horas após o chefe de gabinete da presidência e dez dos assessores de Suk Yeol também terem entregado o cargo.

As renúncias foram entregues em meio à crise gerada pelo decreto de lei marcial — já revogado —, feito pelo presidente, e que restringia direitos civis. A revogação do decreto ocorreu depois que os deputados da Assembleia Nacional votaram para banir a medida.

Entre os que ofereceram a renúncia, estão Chung Jin-suk, chefe de gabinete presidencial; o conselheiro de Segurança Nacional, Shin Won-sik; e Sung Tae-yoon, chefe de gabinete para política, além de outros sete assessores do primeiro escalão do governo.

Mais cedo, o presidente decretou a lei marcial, que é um dispositivo que restringe o acesso a direitos civis e substitui a legislação normal por leis militares, como limitações e controle da imprensa, da Assembleia Nacional e das forças policiais.

Yoon argumentou que queria "limpar" o país de aliados da Coreia do Norte e fez críticas à oposição. Segundo ele, forças "antiestado" estavam tentando paralisar as funções do governo e desestabilizar a ordem constitucional do país.

"Declaro lei marcial para proteger a livre República da Coreia da ameaça das forças comunistas norte-coreanas, para erradicar as desprezíveis forças antiestado pró-norte-coreanas que estão saqueando a liberdade e a felicidade do nosso povo, e para proteger a ordem constitucional livre", disse mais cedo.

 Após anunciar que estava revogando a medida, Yoon afirmou que ordenou que as forças militares recuassem e voltou a criticar deputados opositores.

"Peço, entretanto, que a Assembleia Nacional interrompa imediatamente o comportamento ultrajante que está paralisando o funcionamento do país por meio de impeachments, manipulações legislativas e orçamentárias."

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