A soja negociada na Bolsa de Chicago (CBOT) fechou em alta nesta segunda-feira, impulsionada pela demanda robusta e pelo contexto das eleições nos Estados Unidos. De acordo com a TF Agroeconômica, o contrato para novembro de 2024, referência para a safra brasileira, subiu 0,51%, alcançando $987,50 por bushel. O contrato de janeiro de 2025 também registrou valorização, subindo 0,35%, para $997,25 por bushel. Em paralelo, o farelo de soja para dezembro avançou 1,46%, cotado a $299,66 por tonelada curta, enquanto o óleo de soja recuou 1,60%, fechando a $45,56 por libra-peso.
A análise da TF Agroeconômica aponta que a demanda pela soja tem sustentado os preços, mesmo em meio à pressão da colheita nos Estados Unidos, que já se aproxima de 90% de área colhida. A sessão noturna da oleaginosa exibiu ganhos significativos devido à especulação em torno das eleições, e embora o mercado diurno tenha moderado o ritmo, a soja ainda fechou em alta. As exportações também reforçaram esse cenário, com vendas de 132 mil toneladas de soja para um destino não revelado, conforme notificado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos EUA).
Além disso, as inspeções de exportação na semana de 25 a 31 de outubro somaram 2.158.646 toneladas, mesmo com uma queda de 17,87% em relação à semana anterior, um volume considerado robusto e indicativo da forte demanda internacional. Esses fatores têm ajudado a manter os preços da soja em um patamar estável.
Outro ponto de destaque é a influência das eleições presidenciais nos Estados Unidos, com as compras de fundos de investimento intensificadas como parte de uma estratégia de cobertura antes do pleito. As atenções do mercado se voltam para o confronto entre Donald Trump e Kamala Harris, que disputam a presidência e podem impactar diretamente o cenário econômico e agrícola norte-americano.