Dezembro Vermelho marca uma grande mobilização nacional na luta contra o vírus HIV, a Aids e outras IST (infecções sexualmente transmissíveis), chamando a atenção para a prevenção, a assistência e a proteção dos direitos das pessoas infectadas com o HIV. A campanha começa no dia 1º de dezembro, Dia Mundial de Luta contra a Aids, e se estende por todo o mês.
No Brasil, segundo o Ministério da Saúde e a Secretaria de Estado da Saúde e a Unaids, a cada 15 minutos uma pessoa é infectada com o vírus. A campanha Dezembro Vermelho é um conjunto de ações que foi instituída pela Lei nº 13.504/2017 e marca uma grande mobilização nacional na luta contra o vírus HIV/AIDS (Vírus da Imunodeficiência Humana) e outras IST, chamando a atenção para a prevenção, a assistência e a proteção dos direitos das pessoas vivendo com o HIV.
O HIV é um vírus que ataca o sistema imunológico do indivíduo, porém existe tratamento para controle da doença. Ele pode ser transmitido através de relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas, agulhas e outros materiais contendo sangue contaminado, assim como da mãe portadora do vírus para o filho durante a gestação e amamentação quando não são tomadas as devidas medidas de prevenção.
Por isso a importância das medidas de prevenção e a realização dos testes para diagnóstico. Todas as pessoas diagnosticadas com HIV têm disponível o tratamento com os medicamentos antirretrovirais, medicamentos estes que estão evoluindo com o tempo e que hoje se apresenta em um menor número de comprimidos diários, assim como posologia única ao dia, com menores efeitos colaterais, colaborando para que os indivíduos vivendo com o HIV possam realizar seu tratamento com menos efeitos adversos e com qualidade de vida.
HIV NO BRASIL
Nos últimos dez anos, o Brasil registrou queda de 25,5% na mortalidade por Aids. Apesar da redução, cerca de 30 pessoas morreram de aids por dia no ano passado. De acordo com o Ministério da Saúde, 92% das pessoas em tratamento no país já atingiram o estágio de estarem indetectáveis, ou seja, estado em que a pessoa não transmite o vírus e consegue manter a qualidade de vida sem manifestar os sintomas da Aids. Essa conquista se deve ao fortalecimento das ações do Ministério da Saúde para ampliar a oferta do melhor tratamento disponível para o HIV, com a incorporação de medicamentos de primeira linha para tratar os pacientes.
Segundo os indicadores do Boletim Epidemiológico HIV/Aids do Ministério da Saúde, no Brasil, os homens predominam os casos de infecção com 69,4%, contra 30,6% em mulheres. O que indica 26 homens para cada dez mulheres infectadas. Verificou-se que 51,6% dos casos em homens foram decorrentes de exposição homossexual ou bissexual, 31,3% heterossexual e 1,9 % se deram entre os usuários de drogas injetáveis. Já entre as mulheres, foi identificado que 86,6% dos casos são resultantes da exposição heterossexual e 1,3% entre usuárias de drogas injetáveis.
O grupo mais afetado pela doença é o de pessoas que possuem entre 20 e 34 anos, representando 52,7% dos casos.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico da infecção pelo HIV é feito a partir da coleta de sangue venoso ou digital (ponta do dedo), para realização de testes rápidos ou laboratoriais que detectam os anticorpos contra o HIV. Com os testes rápidos é possível obter um resultado em cerca de 30 minutos. Além disso, autotestes de HIV também são ofertados gratuitamente pelo SUS para que as pessoas possam se testar quando e onde quiserem.