O Skank está entre os principais nomes da música brasileira. Durante sua carreira, tiveram mais de 6 milhões de discos comercializados — fora os pirateados. Diferentemente de outras bandas, o grupo manteve relevância constante durante toda a sua carreira, com hits emplacados em diferentes décadas.
Além dos anos de estrada, o Skank também impressiona por ter mantido a mesma formação desde seu início, com Samuel Rosa (vocal e guitarra), Henrique Portugal (teclado), Lelo Zaneti (baixo) e Haroldo Ferretti (bateria). Mas o que explicaria a banda nunca ter tido um período de baixa?
Para o cantor, o fator "sorte" teria sido um dos primeiros. Mas não para por aí.
Em entrevista ao g1, Rosa falou sobre a alta variedade nas sonoridades exploradas pelas composições. Para ele, essa "constante renovação" da banda, permitiu que pudessem se manter relevantes ao longo dos anos:
"Dentro das nossas possibilidades, acho que o Skank explorou bem os caminhos por consequência de uma formação híbrida que cada um de nós tinha. E começamos meio disfarçado de banda de dancehall, mas em O Samba Poconé (1996) dava para ver que já tínhamos um flerte com o rock latino, já abdicava um pouco do reggae para ir um pouco para o ska."
Ao refletir sobre esta caminhada, o vocalista e guitarrista reforçou que nunca tiveram medo de mudar. Apesar de entender que existem alguns grupos que se preservam iguais durante toda a carreira, o músico explicou que esse nunca foi o perfil dele e dos colegas.
"O Skank não teve cerimônia para meter a mão no trabalho e mudar e propiciar mudanças. E isso gerava esse frescor, estávamos sempre nos sentindo uma banda nova."
Essas alterações foram fundamentais para seu grupo. O artista comentou até mesmo sobre um "pacto nesfasto" entre artista e público, no qual o músico não altera seu som e os fãs não deixam de escutá-lo, mas reiterou que essa nunca foi a ideia. O novo e as mudanças também contribuíram para a renovação constante do conjunto.