Na Espanha, uma nova tempestade atingiu a região de Barcelona.
No aeroporto El Prat de Barcelona, nesta segunda-feira (4), em quatro horas, choveu o equivalente a três meses. Um vídeo nas redes sociais mostrou trabalhadores enxugando a água da chuva que caía do teto, enquanto uma poça se formava ao seu redor.
Cinquenta voos foram cancelados ou muito atrasados. Outros, desviados. Em Tarragona, a 250 km de Valência, o leito do rio transbordou.
As mortes causadas pelas inundações aumentaram para 222, a maioria na região de Valência.
As equipes de resgate agora concentram esforços em garagens subterrâneas e porões. Moradores acusam o governo de ter sido negligente, de não ter emitido alertas da chuva em Valência e de demorar no socorro.
Nesta segunda-feira (4), um navio militar chegou trazendo veículos que serão utilizados em operações de emergência. 3 mil casas estão sem luz. 17 mil agentes de segurança procuram desaparecidos.
No domingo (3), moradores jogaram lama contra as autoridades. A rainha Letícia, com barro no rosto, chorou ao ver os estragos. O primeiro-ministro, Pedro Sánchez, teve que ser retirado por razões de segurança.
O Ministério do Interior da Espanha disse que o premiê chegou a levar um golpe de um manifestante e que os grupos que atacaram o carro do primeiro-ministro são vinculados à extrema-direita.