Um dirigente do Hamas afirmou, nesta segunda-feira (14), que o grupo terrorista está disposto a libertar todos os reféns israelenses ainda mantidos em Gaza em troca de garantias de que Israel encerrará a guerra no território devastado.
"Estamos preparados para libertar todos os [reféns] israelenses dentro da estrutura de um verdadeiro acordo de troca de prisioneiros e em troca do fim da guerra, da retirada das forças israelenses da Faixa de Gaza e da entrada de ajuda humanitária", afirmou o líder do Hamas, Taher al-Nunu, à AFP.
Uma delegação do Hamas viajou ao Cairo neste fim de semana para falar com representantes do Egito e do Catar sobre as negociações por um novo acordo entre o grupo e o governo israelense.
De acordo com o site de notícias israelense Ynet, uma nova proposta foi entregue ao Hamas, que incluiria a libertação de dez reféns vivos em troca de garantias dos EUA de que Israel iniciará negociações para uma segunda fase do cessar-fogo.
Taher al-Nunu diz que o "problema não é o número" de reféns a serem libertados, "mas sim o fato de que [Israel] recua em seus compromissos, bloqueia a implementação do acordo de cessar-fogo e continua com a guerra".
Além de acusar Israel de obstruir o progresso em direção a um cessar-fogo, o líder afirma que o grupo não irá se desarmar, uma das condições exigidas por Israel para acabar com a guerra.
"As armas da Resistência não estão sujeitas à negociação", disse ele.
Israel e Hamas conseguiram chegar a um acordo em janeiro, mas depois que as negociações da segunda fase não deram certo, as tropas israelenses voltaram a atacar o território palestino.
A primeira fase da trégua aconteceu entre 19 de janeiro e 17 de março, permitiu o retorno de 33 reféns, incluindo oito que morreram, em troca da libertação de aproximadamente 1.800 prisioneiros palestinos por Israel.