Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) consideraram como fraco o desempenho de Tarcísio de Freitas (Republicanos) para a eleição presidencial de 2026, conforme pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (3).
O governador de São Paulo soma 15% das respostas dos eleitores quando questionados sobre quem deveria ser o candidato da direita sem Bolsonaro, que está inelegível pela Justiça Eleitoral -- ele tenta aprovar um projeto de anistia no Congresso Nacional para reverter a situação e concorrer em 2026.
Logo atrás do governador aparecem Michelle Bolsonaro (PL), com 14%, e Pablo Marçal (PRTB), com 11%.
Caso enfrentasse o presidente Lula (PT) em um eventual 2ºturno, Tarcísio tem 37%, contra 43% do petista. O governador tem o mesmo percentual se o desafiante fosse Pablo Marçal e um ponto a menos do que a ex-primeira dama, que tem 38%.
Pessoas próximas ao ex-presidente avaliam que Tarcísio não sabe fazer política, mesmo a frente do principal estado brasileiro. Eles veem os 15% como pouco para um governador de SP que pretende concorrer ao Planalto.
"Governador com máquina na mão empatado com Michele e Marçal, que tem apenas um [perfil no] Instagram", analisou um interlocutor de Bolsonaro ao blog.
Será necessário para o governador melhorar a comunicação e "andar com o próprio motor", segundo esta pessoa, e fazer política para ele mesmo a fim de conseguir tração para concorrer em 2026.
Os aliados consideram os 14% de Michelle, mesmo sem ocupar cargo político, como demonstração do peso que a marca "Bolsonaro" tem. O ex-presidente tenta emplacar alguém de sua família como possível substituto para 2026, já que não pode ser candidato.
Na alternativa do ex-presidente, Michelle ou o filho Eduardo seriam cabeça de chapa ou, então, ficariam como vice em chapa com o próprio Bolsonaro como candidato - e que depois assumiria a candidatura, em estratégia similar à adotada por Lula com Fernando Haddad (PT) em 2018.