A Polícia Federal prendeu neste sábado, 14, Walter Braga Netto, ex-vice de Bolsonaro na chapa de 2022. Ele é apontado como o "arquiteto do golpe" e uma peça central no inquérito que apura o planejamento de um golpe de Estado após o resultado da última eleição presidencial.
Segundo a PF, foram cumpridos mandados judiciais expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em "face de investigados no inquérito que apurou a tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do governo legitimamente eleito em 2022".
Entre estes mandados estão um de prisão preventiva, dois de busca e apreensão e uma medida cautelar diversa da prisão contra indivíduos que, de acordo com a PF, estariam atrapalhando a livre produção de provas durante a instrução processual penal.
Braga Netto, que é general da reserva do Exército, foi preso no Rio de Janeiro, em Copacabana, e será entregue ao Comando Militar do Leste. Ele ficará sob custódia do Exército. O militar também foi ministro da Casa Civil e da Defesa durante o governo Bolsonaro.
A jornalista Andréia Sadi, da GloboNews, revelou que Braga Netto atuou no financiamento de ações ilícitas, fornecendo recursos financeiros em uma sacola de vinhos no período em que planejava o golpe de Estado.
A Polícia Federal indiciou 40 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no âmbito da operação que investiga uma tentativa de golpe de Estado. Agora, cabe a Procuradoria-Geral da República (PGR) analisar os indiciamentos. A previsão é que o procurador-geral da República, Paulo Gonet, apresente, em meados de fevereiro, as denúncias ao STF contra os indiciados.