Cuiabá, 18 de Dezembro de 2024

CIDADES Terça-feira, 17 de Dezembro de 2024, 10:58 - A | A

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tribunal de ética

CRM abre investigação contra médico preso por assédio em UPA de Cuiabá

O conselho ressaltou que, devido à gravidade das denúncias, não pode fornecer detalhes sobre o andamento do processo

Da Redação

O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) informou que encaminhou para o Tribunal de Ética da entidade a denúncia de assédio sexual envolvendo o médico Ruy de Souza Gonçalves, de 67 anos, contra uma paciente de 32.

Por meio de nota, o CRM-MT afirmou que, após tomar conhecimento do caso, iniciou os trâmites legais para apurar as acusações e adotar as medidas necessárias.

O profissional foi preso na manhã de segunda-feira (16) na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Pascoal Ramos, em Cuiabá. Em uma gravação divulgada nas redes sociais, é possível ouvir o momento em que o médico pede repetidamente para que a vítima o beije durante o atendimento médico. "Agora me dá um beijinho", diz ele no áudio. A paciente nega.

“O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) foi acionado com base nas notícias veiculadas na imprensa, e o caso em questão foi enviado ao Tribunal de Ética para apuração”, informou o CRM por meio de nota.

O conselho ressaltou que, devido à gravidade das denúncias, não pode fornecer detalhes sobre o andamento do processo. “É importante frisar que o CRM-MT não fornece informações sobre qualquer procedimento administrativo em trâmite, assegurando o sigilo previsto em lei”, diz outro trecho da nota.

O CASO
A vítima gravou um áudio do momento em que foi assediada pelo médico durante uma consulta. Na gravação, o médico pede um hemograma completo, dá um atestado à paciente e, em seguida, pede um beijo à mulher. “Agora me dá um beijinho”, diz ele.

Embora a vítima fale claramente por diversas vezes a palavra “não”, ele insiste: “Dá sim, dá sim”. Pelo áudio é possível ouvir um barulho semelhante a um beijo.

Conforme a vítima, o médico lhe beijou à força. Após o ocorrido, ela fez uma denúncia diretamente à coordenadora da unidade, que acionou a Polícia Militar.

Na tarde de ontem, o médico passou por audiência de custódia. No entanto, o teor da decisão não foi divulgado à imprensa já que o caso está correndo em segredo de justiça.

 

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