Cuiabá, 12 de Abril de 2025

ECONOMIA Quinta-feira, 10 de Abril de 2025, 09:23 - A | A

Quinta-feira, 10 de Abril de 2025, 09h:23 - A | A

em fevereiro

Setor de serviços volta a subir após três meses em queda e avança 0,8%

R7

O setor de serviços, responsável por cerca de 70% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional, avançou 0,8% em fevereiro, após ficar três meses sem crescimento, indica a Pesquisa Mensal de Serviços do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgada nesta quinta-feira (10). Com isso, o setor se encontra 16,2% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 1% abaixo do ponto mais alto da série histórica (outubro de 2024).

Em fevereiro, a alta foi acompanhada por quatro das cinco atividades investigadas, com destaque para o setor de informação e comunicação (1,8%), que registrou o quarto resultado positivo seguido, com ganho acumulado de 4%.

Os demais avanços ficaram com os serviços profissionais, administrativos e complementares (1,1%), os outros serviços (2,2%) e os prestados às famílias (0,5%).

Em sentido oposto, os transportes (-0,1%) apontaram a única taxa negativa de fevereiro de 2025, após terem recuado 1,8% em janeiro.

Por região

Regionalmente, 21 das 27 unidades da Federação assinalaram expansão no volume de serviços em fevereiro de 2025, na comparação com o mês imediatamente anterior, acompanhando o avanço observado no resultado do Brasil (0,8%).

Os maiores impactos positivos vieram de São Paulo (0,8%) e do Mato Grosso (24,9%), seguidos por Distrito Federal (9,2%), Amazonas (14,2%) e Santa Catariana (2,1%). Já as principais influências negativas vieram de Rio de Janeiro (-0,9%), Minas Gerais (-0,6%) e Espírito Santo (-1,8%).

Alta no turismo

Em fevereiro de 2025, o índice de atividades turísticas cresceu 2,9% frente ao mês imediatamente anterior, após ter recuado 6,1% em janeiro. Com isso, o segmento de turismo se encontra 9,7% acima do patamar de fevereiro de 2020 e 3,4% abaixo do ápice da sua série histórica, alcançado em dezembro de 2024.

Segundo o IBGE, 10 dos 17 locais pesquisados acompanharam este movimento de expansão verificado na atividade turística nacional (2,9%).

A contribuição positiva mais relevante ficou com o Rio de Janeiro (3,1%), seguido por Paraná (6,5%), Minas Gerais (1,7%) e Espírito Santo (5,8%). Em sentido oposto, São Paulo (-0,9%), Bahia (-3,2%) e Goiás (-5,2%) apontaram as principais perdas do turismo.

Fevereiro de 2025 x fevereiro de 2024

Em relação a fevereiro de 2024, o volume de serviços avançou 4,2%, registrando a 11ª taxa positiva seguida. O resultado deste mês foi acompanhado por todas as cinco atividades de divulgação e contou ainda com crescimento em 63,3% dos 166 tipos de serviços investigados.

Entre os setores, o de informação e comunicação (9,8%) exerceu o principal impacto positivo, impulsionado, principalmente, pelo aumento da receita em portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na internet; desenvolvimento e licenciamento de softwares; telecomunicações; consultoria em tecnologia da informação; e tratamentos de dados, provedores de serviços de aplicação e serviços de hospedagem na internet.

Os demais avanços vieram dos serviços profissionais, administrativos e complementares (4,3%), transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (2,4%), outros serviços (0,4%) e serviços prestados às famílias (0,1%).

Transportes de passageiros e de cargas crescem

Em fevereiro de 2025, o volume de transporte de passageiros no Brasil registrou expansão de 0,8% frente ao mês imediatamente anterior, após ter recuado 5,8% em janeiro último. Dessa forma, o segmento se encontra, nesse mês de referência, 0,6% abaixo do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 23,7% abaixo de fevereiro de 2014, ponto mais alto da série histórica.

Por sua vez, o volume do transporte de cargas subiu 1,2% em fevereiro, recuperando parte da perda de 3,2% verificada entre novembro de 2024 e janeiro e 2025. Dessa forma, o segmento se situa 7,7% abaixo do ponto mais alto de sua série, alcançado em julho de 2023. Com relação ao nível pré-pandemia, o transporte de cargas está 33,9% acima de fevereiro de 2020.

 

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