O câncer de mama é segundo tipo que mais acomete brasileiras, representando em torno de 25% de todos os cânceres que afetam o sexo feminino.
Mesmo com as técnicas mais avançadas, alguns casos é necessária a retirada total da mama (mastectomia) em outros só a parcial. Isso abala e muito o psicológico da mulher, visto que trata-se de uma mutilação, a retirada de um pedaço da sua feminilidade.
Uma opção após a alta é a reconstrução da mama. Entre 3 e 6 meses depois da reconstrução, a paciente pode passar por uma cirurgia complementar e se preciso operar a outra mama para deixar as duas simétricas.
Mas é importante fazer. Trata-se de uma ‘injeção’ de ânimo para as mulheres que lutaram contra essa doença com sessões de quimioterapia e radioterapia. A reconstrução da mama com implante ou não de silicone ajuda e muito na autoestima.
A cirurgia é como qualquer outra. Exige indicação do médico e completa avaliação do risco cirúrgico.
Tanto é usado para preencher a mama, a técnica de retalhos retirado da região abdominal ou dorsal (costas), é levado ao local a ser operado. O retalho é um tecido retirado de uma região do corpo e transferido a outra.
Algumas mulheres podem ter que reconstruir o bico e a aréola do peito. Nesses casos tanto podem se usar a técnica da tatuagem como pode ser feito com enxertos de pele e mucosas próprias da paciente. O médico discute com a paciente qual será a melhor opção.
Essas cirurgias em média duram 3 horas e o pós-operatório deve ser seguido com repouso, uso de antibióticos e anti-inflamatórios.
É importante a paciente saber que a sensibilidade da mama não volta ao normal após a reconstrução mamária, ainda que possa melhorar com o tempo. A cicatrização é um processo lento, que costuma deixar marcas, ainda que discretas.
Em caso de implantes de silicone é necessária a realização de exames de acompanhamento periódicos.
Qualquer alteração na mama reconstruída deve ser informada imediatamente ao seu médico.
Vale lembrar que o câncer de mama pode ser prevenido se a mulher fizer o exame do toque e pelo menos uma vez por ano fazer um checkup com ultrassom de mama e acima de 40 anos a mamografia. Se descoberto no início as chances de cura aumentam muito.
*Benedito Figueiredo Júnior é cirurgião plástico na Angiodermoplastic. CRM 4385 e RQE 1266.Email: [email protected]