Cuiabá, 15 de Janeiro de 2025

OPINIÃO Quarta-feira, 15 de Janeiro de 2025, 08:52 - A | A

Quarta-feira, 15 de Janeiro de 2025, 08h:52 - A | A

MARA GONÇALVES

Verão aumenta riscos de afogamento em crianças e adultos

Os riscos das piscinas, rios e cachoeiras para crianças e adultos

MARA GONÇALVES

A chegada do verão é sinônimo de férias, sol, calor e água, aí, podemos englobar banhos de rios, cachoeiras, piscinas e até mesmo caixas d'água. Mas dados divulgados recentemente pelo Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso chamam atenção pelo aumento alarmante nos casos de afogamento nos últimos meses no estado.

Os dados apontam que os meses de setembro a outubro de 2024 tiveram um aumento de casos de afogamento de 69%, em comparação com o mesmo período de 2023, aponta a Diretoria Operacional (DOP). Sendo que os meses de janeiro e fevereiro tendem a ter um fluxo maior de pessoas em ambientes aquáticos, também em razão das férias escolares.

As principais causas de afogamento estão frequentemente ligadas à falta de cuidado e conscientização das pessoas ao visitarem rios, lagos e piscinas. É fundamental ter atenção redobrada com crianças pequenas e evitar entrar em locais profundos, especialmente após o consumo de bebidas alcoólicas.

É importante salientar que as crianças precisam de cuidado redobrado, pois qualquer incidente pode causar sequelas graves ou mesmo a morte. Elas tendem a perder a consciência mais rapidamente que um adulto, apenas dois minutos submersas na água já são o suficiente. Após quatro minutos submersa, a criança pode sofrer danos cerebrais irreversíveis. Portanto, todo cuidado com elas, é pouco.

Algumas medidas simples, como a instalação de cercas e portões trancados nas piscinas, verificar se a piscina tem ralos com tampa antissucção de cabelos, verificar a presença do guarda-vidas em caso de piscinas coletivas, ensinar as crianças a flutuar e acenar por ajuda, respeitar a sinalização nas praias e não entrar na água quando houver bandeira vermelha. Em casa, não deixar crianças sozinhas em banheiros, esvaziar baldes, bacias e banheiras assim que forem usados.

Outros cuidados que devemos tomar nesses ambientes é em relação aos riscos de se mergulhar de ponta, seja em uma piscina, em rios, cachoeiras ou lagos, pois podem causar acidentes como traumatismo craniano ou uma lesão grave na coluna por uma pedra no fundo, banco de areia ou simplesmente por ser mais rasa do que imaginamos.

O impacto da queda pode trazer sequelas graves e até mesmo a morte. Entre as principais consequências estão a tetraplegia e paraplegia, além de alterações neurológicas, perda de sensibilidade, fraturas, traumatismos, perda de força muscular e afetar a mobilidade.

Então, precisamos ter consciência e cuidado nesta época do ano e ficarmos alerta para que a diversão não acabe em tragédia.

Em caso de dores, quedas ou lesões, a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia orienta a busca por um médico ortopedista titular SBOT. A instituição é responsável por congregar especialistas em Ortopedia e Traumatologia, promovendo responsabilidade e condições para atualização permanente dos profissionais.

(*) MARA GONÇALVES é médica ortopedista, formada pela Universidade de Cuiabá, especialista em Ortopedia e Traumatologia e Cirurgia da Mão, atual Presidente da SBOT MT.

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