O laudo de necropsia da adolescente Heloysa Maria de Alencastro Souza, de 16 anos, indica que ela pode ter sido vítima de violência sexual antes de ser assassinada em Cuiabá. Além disso foram apontados vários hematomas pelo corpo, que indicam que a vítima entrou em luta corporal com os criminosos.
A Polícia solicitou ainda laudos complementares como pesquisa de DNA e sêmen, para confirmar se houve estupro, ou seja, “conjunção carnal recente”. O crime de estupro ainda será investigado pela Polícia Civil e dos quatro envolvidos ainda não é possível dizer quem possa ter sido o possível responsável pelo abuso sexual da vítima.
A análise de material genético coletado debaixo das unhas da vítima também está sendo realizada e pode ajudar a identificar o autor ou autores do crime. “Portanto, conclui-se que a morte ocorreu por asfixia mecânica decorrente de estrangulamento, acompanhada por atos violentos e cruéis com evidências de atos libidinosos recentes”, diz outro trecho do laudo.
O crime bárbaro ocorreu na última terça-feira (22). O corpo da adolescente foi encontrado dentro de um poço na região do Ribeirão de Lipa. Foram presos pelo crime o ex-servidor público e padrasto da vítima, Benedito Anunciação de Santana, de 40 anos, o filho dele, Gustavo Benedito Junior Lara de Santana, de 18 anos, e dois adolescentes de 17 e 16 anos.
A vítima foi encontrada com múltiplas escoriações e roupas rasgadas. A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) apontou que Heloysa foi morta por asfixia mecânica — interrupção do fluxo de ar para os pulmões causada por uma obstrução física — após ser enforcada com um cabo USB. A motivação do crime ainda está sendo investigada.