Segundo o informativo semanal da Central Internacional de Análises Econômicas e Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema), nesta semana, as cotações do trigo subiram de forma moderada na Bolsa de Chicago. O bushel para o primeiro mês encerrou a US$ 5,71 na quinta-feira (7), em comparação com US$ 5,70 na semana passada. Em outubro, o preço médio do cereal atingiu US$ 5,85 por bushel, o que representou um aumento de 2,6% em relação a setembro, mas ficou praticamente inalterado em relação ao mesmo mês de 2022, quando o valor médio atingiu US$ 5,72 por bushel.
Nos Estados Unidos, o plantio do trigo de inverno progrediu, ocupando 87% da área prevista até o dia 3 de novembro. Ficando um pouco abaixo da média histórica de 89% para este período. No que diz respeito à qualidade das plantações, 41% foram classificadas como excelentes ou boas, 36% regulares e 23% como ruins ou muito ruins.
No cenário internacional, o mercado aguarda com expectativa o relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Embora as eleições presidenciais nos Estados Unidos tenham ocorrido no dia 5 de novembro, as cotações do trigo não sofreram um grande impacto até o momento.
Contudo, um elemento que tem causado instabilidade no mercado mundial de trigo é a possível imposição de restrições à exportação pela Rússia. A Rusgrain, União de Produtores e Exportadores de Grãos da Rússia, declarou que “...de agora em diante, apenas empresas de grãos russas poderão vender diretamente a compradores soberanos. As novas regras excluem revendedores internacionais, a menos que tenham acordos de longo prazo com empresas russas” .
De acordo com a análise do Ceema com base em informações da Reuters, “essa medida excluiria alguns grandes comerciantes internacionais de oferecer trigo russo, embora não seja publicamente conhecido quem não pode mais fazê-lo, já que a lista de empresas estrangeiras aprovadas com acordos de compra nunca foi tornada pública. Estas novas restrições à exportação podem causar atritos com importadores, incluindo aliados políticos como o Egito, que enfrentariam contas mais altas pelas importações de alimentos, disseram traders”.