Os contratos futuros de soja apresentaram uma leve queda durante as negociações noturnas, influenciados por algumas vendas técnicas e pelas crescentes preocupações sobre as tarifas prometidas pelo novo governo dos Estados Unidos. Estas tarifas podem desencadear uma guerra comercial, afetando negativamente as exportações e pressionando os preços para baixo, especialmente em um cenário onde a China, maior importador mundial de soja, poderá retaliar com tarifas próprias.
Ontem, os preços da soja alcançaram o nível mais alto em cerca de um mês, o que levou alguns investidores a venderem contratos, visando registrar lucros. Esse movimento de vendas é uma reação a um aumento considerável nos preços, especialmente no contexto das promessas do presidente eleito Donald Trump de impor uma tarifa de 10% sobre todos os produtos e uma tarifa adicional de 60% sobre os produtos provenientes da China. Caso essa medida seja concretizada, espera-se que a China recorra ao Brasil e à Argentina para suprir sua demanda por soja, resultando em um impacto negativo para os exportadores norte-americanos.
Diante dessa situação, os contratos futuros de soja para entrega em janeiro caíram 5 3/4¢, para US$ 10,20 1/2 o bushel, na Chicago Board of Trade. O farelo de soja também recuou, caindo US$ 2,10, para US$ 296,40 a tonelada curta, enquanto o óleo de soja teve uma leve alta de 0,04¢, alcançando 48,36¢ a libra.
No mercado de grãos, os futuros de milho para entrega em dezembro subiram 1 centavo, para US$ 4,28 1/2 o bushel. Por outro lado, os contratos futuros de trigo, com entrega em dezembro, registraram uma queda de 1 1/2¢, ficando em US$ 5,70 o bushel, enquanto os futuros de trigo de Kansas City perderam 4¢, para US$ 5,65 o bushel.