De acordo com a TF Agroeconômica, o mercado de milho encerrou o mês de outubro com alta significativa, tanto na Bolsa de Mercadorias de São Paulo (B3) quanto no indicador Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). No acumulado mensal, o contrato de novembro da B3 subiu 5,82%, enquanto o indicador Cepea registrou uma valorização ainda maior, de 13,44%. Esse aumento foi sustentado pela alta do dólar, que teve valorização de 6,14% em outubro, impulsionando a demanda externa. Além disso, a entressafra no Brasil gerou uma forte demanda interna, com indústrias competindo com exportadores pelos lotes, enquanto produtores seguravam a oferta para obter melhores preços.
Mesmo com essa elevação ao longo do mês, a quinta-feira fechou em baixa para os principais contratos de milho na B3, refletindo uma realização de lucros por parte dos investidores. Na comparação com o mercado internacional, o milho brasileiro teve desempenho oposto ao de Chicago, onde o contrato de dezembro sofreu uma desvalorização de 3,30%.
Os fechamentos do dia, diante desse cenário, apresentaram as seguintes variações: o contrato de novembro/24 encerrou a R$ 72,94, com baixa de R$ 0,26 no dia, mas um avanço de R$ 0,74 na semana. Já o contrato de janeiro/25 registrou R$ 76,57, queda de R$ 0,44 no dia e alta semanal de R$ 1,70. Por fim, o contrato de março/25 fechou em R$ 76,63, uma leve queda de R$ 0,10 no dia, acumulando alta de R$ 1,16 na semana. A sustentação dos preços no Brasil é atribuída, portanto, ao cenário de oferta restrita, alta demanda interna e estímulo da moeda estrangeira, que beneficiou as exportações no período.