A Justiça da Romênia anulou nesta sexta-feira (6) o resultado do primeiro turno das eleições presidenciais do país e afirmou que todo o processo eleitoral precisará ser refeito.
O candidato da extrema direita, Calin Georgescu, e a líder centrista pró-União Europeia, Elena Lasconi, iriam se enfrentar no segundo turno, previsto para acontecer neste domingo (8). A votação já havia inclusive começado em seções eleitorais fora do país.
O presidente do país disse que vai marcar um novo cronograma eleitoral.
A ida de Calin Georgescu, que é pró-Rússia e aparecia com apenas um dígito nas pesquisas antes da primeira rodada presidencial em 24 de novembro, para a segunda etapa da disputa surpreendeu e já havia levantado questionamentos.
A decisão do Tribunal Superior da Romênia vem depois que o principal conselho de segurança da Romênia divulgou documentos que indicavam que o país foi alvo de "ataques híbridos agressivos russos" durante o período eleitoral.
Os investigadores também suspeitam que Georgescu recebeu apoio de grupos pró-Rússia e tratamento preferencial em redes sociais como o TikTok.
A candidata Elena Lasconi condenou a decisão de anular o pleito. Após o anúncio, ela afirmou que a votação deveria ter continuado, respeitando a vontade do povo romeno.
O primeiro-ministro romeno, Marcel Ciolacu, disse que a anulação dos resultados é "a única decisão correta".
Promotores romenos disseram, também nesta sexta, que abriram uma investigação sobre crimes de informática relacionados à campanha do candidato presidencial de extrema direita.