Chegamos ao último artigo da série sobre ideação suicida de maneira simples buscando levar informações e estratégias para o enfrentamento deste assunto encarados por muitos com um Tabu. Hoje vamos falar sobre como a ideação suicida pode estar presente nos transtornos mentais com especial atenção para o transtorno depressivo pois este é o transtorno psicológico mais correlacionado a ideação suicida.
Há muito o que aprender sobre a ideação suicida, porém os últimos estudos realizados indicam que os transtornos psicológicos mais ligados ao suicídio são; Transtorno depressivo (1°); Transtornos ligados a dependência química (2°); Transtornos de personalidade (3°).
Pesquisas demonstram que entre homens e mulheres que desenvolveram ideação suicida, elas estão em maior número com transtorno depressivo, porém há indícios que isso ocorra porque as mulheres buscam mais ajuda psicológica. Entre os homens, a ciência acredita que eles quando desenvolvem transtorno depressivo buscam o uso de substâncias psicoativas (álcool e outras drogas) como estratégias de enfrentamento e na maioria das vezes não buscam ajuda e desta forma eles acabam sucumbindo ao ato suicida.
A ideação suicida é algo multifacetado não havendo em si uma só causa de sua ocorrência, porém através das evidências já descobertas pelas ciências podemos perceber de como os índices demostram que a intervenção precoce ainda é a melhor forma de prevenção pois as mulheres são as que mais desenvolvem ideação suicidas porém como elas buscam mais apoio psicológico com profissionais de saúde o índice de mortalidade por suicídio diminui em relação as mulheres, as pesquisas também demonstram que homens buscam mais os serviços de saúde levados por suas esposas, filhos ou familiares então faz-se necessário o apoio de parentes e pessoas próximas.
Se você é homem e percebe que está confuso, com pensamentos negativos e sem motivação para atividades que antes te davam prazer busque apoio com profissionais de saúde da área de saúde mental, após isso você perceberá o quanto isso fará bem a sua vida como um todo e se caso você não se sinta tão motivado ou com força para ir sozinho a atendimento psicológico então convide um amigo de sua confiança ou parente próximo para ir junto contigo.
Se você é esposa, parente ou familiar de alguém que você está notando sintomas dos quais relatamos nesta série de artigos, converse com ele e se necessário acompanhe-o nas primeiras sessões para que ele se sinta seguro em ir, se mesmo assim ele/ela não aceitar sua ajuda, então deixe em aberto o convite para que a qualquer momento que ele/ela precise tenha a possibilidade de te procurar e se isso acontecer não exite em busca ajuda o mais breve possível.
Tenha certeza que com essa atitude você estará ajudando a salvar vidas de pessoas que você ama.
(*) NAILTON REIS é psicólogo clínico, especialista em Neuropsicologia Cognitiva Comportamental, Avaliação Psicológica e Psicologia do Trânsito