Segundo informações da TF Agroeconômica, o preço futuro do trigo gaúcho está sendo influenciado pela demanda paranaense. No mercado de trigo do Rio Grande do Sul, a situação é complicada, com os moinhos já bem abastecidos e aguardando a entrada da nova safra para se reposicionar. Atualmente, os vendedores estão pedindo R$ 1.200,00 FOB para trigos com um potencial de hidratação (PH) mínimo de 77 e qualidade panificável, mas esses preços não estão sendo concretizados, pois os moinhos optaram por não fazer indicações.
No mercado futuro de exportação, a tendência segue a linha dos mercados globais, que apresentam uma tensão aumentada devido ao risco de uma “guerra ampla” e à seca na Rússia. No melhor momento do câmbio futuro, os preços alcançaram R$ 1.250,00 para entregas em dezembro, com pagamento no final do mesmo mês, e R$ 1.270,00 para pagamentos em janeiro.
Em Santa Catarina, os moinhos estão de olho na safra gaúcha de trigo, enquanto não se inicia a colheita em grande escala no estado. A expectativa é de que possam reduzir custos, mas, no momento, eles estão se abastecendo com trigo do Paraná. Os preços da pedra de trigo fecharam a semana com médias regionais que variam de R$ 70,00 em Rio do Sul até R$ 76,50 em Campos Novos.
Já no Paraná, a combinação de trigo gaúcho e paraguaio está se tornando uma opção viável. Nesta semana, foram realizados vários negócios envolvendo trigo paraguaio para o Oeste do Paraná, com preços ao redor de R$ 1.365 CIF na região de Cascavel e R$ 1.445 CIF em Ponta Grossa. No mercado local, os preços estão em R$ 1.410 CIF no Oeste do estado, enquanto em Ponta Grossa, os negócios variaram entre R$ 1.430 e R$ 1.450. Alguns vendedores, no entanto, estão aguardando ofertas de R$ 1.500 FOB, com compradores falando em R$ 1.350 para outubro e R$ 1.300 para novembro.
