O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, repetiu ameaças contra o Hamas nesta quarta-feira (26).
Em audiência no Parlamento, o premiê israelense ameaçou tomar territórios na Faixa de Gaza se o o grupo terrorista não libertar os reféns restantes que ainda mantém.
"Quanto mais o Hamas continuar se recusando a libertar nossos reféns, mais poderosa será a repressão que exerceremos", disse Netanyahu, sendo interrompido por gritos de membros da oposição.
Também nesta quarta, o Hamas falou sobre os reféns em um comunicado. Afirmou que os bombardeios israelenses, que recomeçaram há 9 dias em Gaza, estão colocando a vida deles em risco.
"O Hamas está fazendo todo o possível para manter com vida os prisioneiros, mas que os bombardeios aleatórios estão colocando suas vidas em perigo. Toda vez que a ocupação tenta recuperar seus reféns à força, acaba trazendo-os de volta em caixões", diz.
A intenção de uma ocupação de Gaza já havia sido levantada em fevereiro durante uma visita de Netanyahu à Casa Branca. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que quer tirar todos os moradores do território permanentemente e chegou até a postar um vídeo mostrando como a região ficaria se sua ideia de transformá-la em uma "riviera do Oriente Médio" saísse do papel.
A ofensiva israelense em Gaza
Hamas e Israel haviam firmado um acordo de cessar-fogo na região de Gaza em janeiro deste ano, dias antes da posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Menos de dois meses depois, entretanto, Israel voltou a bombardear Gaza.
O governo de Israel alegou que os terroristas do Hamas violaram o acordo sobre libertação dos 59 reféns que ainda estão sob poder do grupo — Israel estima que 35 deles estejam mortos.
As ameaças desta quarta, expressas por Netanyahu, já haviam sido feitas, na semana passada, pelo ministro da Defesa israelense, Israel Katz.
O ministro israelense também ameaçou "expandir as zonas-tampão ao redor de Gaza para proteger as populações civis" por meio de uma "ocupação israelense permanente" dessas áreas.
Autoridades do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo grupo terrorista Hamas, estimam que mais de 50.000 palestinos morreram em quase 18 meses de conflito. A informação foi divulgada neste domingo (23).