O dia 20 de janeiro simbolizará a mudança no poder dos Estados Unidos. A data marca a passagem do governo de Joe Biden para Donald Trump. O evento possui uma série de acontecimentos simbólicos coreografados para a "passagem de bastão", como a entrega da "mala nuclear".
O que é a 'mala nuclear'?
Nos Estados Unidos, a chamada “mala nuclear” é conhecida oficialmente como “football” (bola de futebol americano). Popularizada por filmes e séries de televisão, ela é retratada como o dispositivo que permite ao presidente autorizar um ataque nuclear em resposta a uma possível ofensiva de outra superpotência.
Apesar desta crença, a mala de couro não possui botões, telas ou comunicadores que permitam ao presidente lançar mísseis com um simples toque. Na realidade, o conteúdo da “football” é menos cinematográfico do que o que se vê nas telas.
Dentro dela, há apenas documentos que detalham todas as opções previamente planejadas para o presidente ordenar um ataque nuclear em diferentes cenários. A maleta acompanha o presidente todos os dias da semana as 24 horas do dia.
Tanto o presidente quanto o vice-presidente são acompanhados por oficiais que carregam malas idênticas, garantindo que, em caso de incapacidade do líder principal, o vice tenha acesso imediato ao conteúdo estratégico. Para autorizar um ataque nuclear, o presidente precisa fornecer um código único, conhecido como "biscoito", que serve como medida de segurança para confirmar sua identidade. Esse código alfanumérico fica armazenado em um pequeno cartão, geralmente mantido na carteira ou no bolso do presidente.
No dia 20 de janeiro de 2025, data da posse presidencial, o novo líder assumirá suas responsabilidades e, junto com elas, receberá a mala nuclear. O protocolo prevê que a transferência ocorra de forma precisa: o oficial que acompanha Joe Biden entregará a mala ao oficial de Donald Trump, momentos antes do juramento no Capitólio. Assim, quando Trump for oficialmente empossado, estará habilitado a tomar decisões emergenciais, incluindo a autorização de um ataque nuclear, caso necessário.
