De acordo com a TF Agroeconômica, o mercado de trigo no Rio Grande do Sul está em ritmo lento, influenciado pelas incertezas em relação à próxima safra, especialmente no Paraná, onde o impacto das geadas pode aumentar a demanda sobre o trigo gaúcho. Os vendedores no estado pedem até R$ 1.400,00 FOB por trigos com PH mínimo de 77 e qualidade panificável, mas os moinhos estão dispostos a pagar, no máximo, R$ 1.380,00. Além disso, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) é uma preocupação, pois pode agravar as dificuldades do mercado.
Em Santa Catarina, a previsão é de uma safra razoavelmente boa, com maior volume e preços menores. O trigo da safra velha ainda tenta alcançar valores entre R$ 1.650,00 e R$ 1.700,00 por tonelada, enquanto os preços da safra nova estão acompanhando os praticados no Rio Grande do Sul e Paraná, situando-se em média a R$ 1.450,00 por tonelada. Os preços da pedra permaneceram estáveis em Campos Novos, mas registraram aumentos em outras regiões, como Chapecó, onde subiram 3,03%, chegando a R$ 68,00 por saca.
No Paraná, os preços da safra nova recuaram, mas os vendedores têm se ausentado do mercado devido às geadas, que causaram perdas significativas, especialmente nos Campos Gerais, onde o trigo perdeu metade da produção. Compradores oferecem entre R$ 1.400,00 e R$ 1.450,00 nos moinhos, enquanto os vendedores pedem entre R$ 1.550,00 e R$ 1.600,00. O trigo importado do Paraguai está sendo oferecido entre US$ 270 e US$ 273 por tonelada (R$ 1.517,00 a R$ 1.534,00) nos moinhos de Ponta Grossa, criando concorrência adicional no mercado local.