Segundo a Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (CEEMA), o relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado em 10 de dezembro, trouxe novos dados que movimentaram o mercado de soja. As cotações da oleaginosa tiveram leve alta após a divulgação, com o primeiro mês cotado encerrando a quinta-feira (12) a US$ 9,95/bushel, contra US$ 9,93 da semana anterior.
A produção mundial de soja foi revisada para 427,1 milhões de toneladas, enquanto os estoques finais subiram para 131,9 milhões. Nos Estados Unidos, a estimativa de produção permanece em 121,4 milhões de toneladas, e os estoques finais seguem estáveis em 12,8 milhões.
A América do Sul continua sendo um ponto de atenção. A produção brasileira foi mantida em impressionantes 169 milhões de toneladas, enquanto a Argentina teve aumento para 52 milhões. Juntas, as projeções para a safra sul-americana alcançam 238 milhões de toneladas, contra 218 milhões da temporada anterior, consolidando a região como peça-chave no mercado global.
O Ministério da Agricultura da China também revisou suas estimativas de grãos para 2024/25. A produção de soja no país foi ajustada para 20,6 milhões de toneladas, um aumento de 0,54% em relação à previsão anterior. No entanto, a colheita de milho teve recuo de 1%, estimada agora em 293,8 milhões de toneladas.
Com importações chinesas de soja projetadas em 109 milhões de toneladas, o mercado global se mantém atento às movimentações do maior comprador mundial da commodity.
Apesar do aumento na produção, o preço médio pago ao produtor estadunidense foi reduzido para US$ 10,20/bushel, ante os US$ 10,80 projetados em novembro.