O prefeito eleito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), citou interferências da esquerda, liderada pelo grupo do ministro Carlos Fávaro (PSD) e do deputado estadual Eduardo Botelho (União), nas articulações para a futura mesa diretora da Câmara de Vereadores de Cuiabá, e indicou a vereadora Paula Calil (PL) para a presidência da Casa.
“Uma movimentação que a gente ouviu aí do Jeferson (vereador) junto com uma liderança ligada ao PSD, ao Fávaro (ministro da agricultura), ao Botelho (deputado). Eles estão se movimentando e tem muita interferência externa. Então antes eu pensei que ficava tranquilo. (Eles) tentam colocar alguém na presidência que vai tentar me atrapalhar na gestão, pelo menos nos dois primeiros anos de mandato. Isso me acendeu um alerta”, disse Abilio, que esteve acompanhando a sessão ordinária nesta terça-feira (5) no Legislativo cuiabano.
Diante disso, Abilio ‘entrou de cabeça’ nas articulações para garantir que Paula Calil seja a presidente. “Eu não posso de maneira nenhuma deixar ficar de braços cruzados ou lavar as mãos, enquanto o grupo do Fávaro e o grupo do Botelho tentam tomar (presidência)”, pontua.
Devido à disputa pela Mesa, houve ainda um bate-boca entre Abílio e o vereador Jeferson Siqueira (PSD). A briga se deu em decorrência das acusações feitas pelo liberal, de que Siqueira e um grupo de parlamentares estariam se aliando a Botelho e Fávaro na disputa pela presidência da Casa.
Já o social democrata disse que o prefeito teria que ficar de fora da eleição da Mesa para garantir a independência da Câmara e evitar favorecimentos.
“Fica muito feio o senhor (Abilio) falar que não vai interferir e passar a vir aqui. Ainda fazer afirmações como essas. É ruim pois quem fala o que não deve ouve o que não quer”, disse o vereador para o prefeito eleito, em tom ácido.
Em resposta, o prefeito eleito reforçou que circulam nos bastidores da Câmara tentativas de formar uma chapa que comprometeria sua gestão. “A gente ouve nos corredores a tentativa de construir uma Mesa que vai me colocar em más condições nos dois primeiros anos de mandato, não posso assistir isso de braço cruzado”, rebateu Abilio.