Segundo a TF Agroeconômica, o mercado de soja na Bolsa de Chicago (CBOT) apresentou uma recuperação nesta sexta-feira, mas encerrou a semana em baixa acumulada. O contrato de soja para janeiro, referência para a safra brasileira, fechou com alta de 1,19%, ou 11,50 cents/bushel, atingindo US$ 974,50. Já o contrato de março subiu 1,32%, ou 12,75 cents/bushel, para US$ 979,25. Apesar disso, o acumulado semanal registrou queda de -1,39%, refletindo um recuo de 13,75 cents/bushel.
O mercado foi sustentado por uma expressiva compra chinesa, que ajudou a impulsionar os preços no dia. No entanto, especialistas destacam que essas aquisições estão mais voltadas à formação de estoques estratégicos do que a sinais de estabilidade em uma potencial guerra comercial. Ao longo da semana, as cotações atingiram níveis semelhantes aos de agosto de 2020, pressionadas por quedas acentuadas anteriores.
Em relação às importações de soja pela China, os dados de novembro apontam uma queda de 25% nas compras do Brasil, totalizando 3,94 milhões de toneladas. Por outro lado, as importações dos Estados Unidos aumentaram moderadamente, alcançando 2,798 milhões de toneladas. Apesar do declínio pontual nas importações brasileiras, a China deve atingir um recorde de compras em 2024, com 97 milhões de toneladas transportadas nos primeiros 11 meses do ano.
Os subprodutos da soja apresentaram movimentos distintos na semana: o farelo acumulou alta de 2,88%, enquanto o óleo de soja registrou queda expressiva de -7,35%. A volatilidade nos preços reflete as incertezas comerciais globais e a necessidade de estoques estratégicos por parte dos grandes compradores.