Flaco López disparou como artilheiro do Palmeiras desde o início da última temporada, mas caiu de rendimento com a chegada das competições nacionais e terminou o ano em baixa, questionado naquele que parecia ser o da afirmação. O futuro do argentino, contudo, tende a ser no clube.
Apesar das oscilações, ele segue com a confiança da comissão técnica e consta entre os atletas considerados como não negociáveis no elenco para 2025.
Agora aos 24 anos, Flaco chegou ao Palmeiras em 2022 sob discurso compreensivo, de que pela idade e a carreira construída apenas no Lanús, da Argentina, como profissional, precisaria de tempo de adaptação. Admite até que sentiu as dificuldades e chegou a cogitar aceitar a proposta do River Plate no início do ano, que Abel conseguiu evitar.
Ao fim de sua terceira temporada no Verdão, porém, as cobranças ganham outro tom.
Ele abriu 2024 com a chance de se colocar como candidato a substituto de Endrick, que estava no Pré-Olímpico com a Seleção e sairia para o Real Madrid em julho. E os primeiros meses do ano foram positivos para o argentino.
Em fevereiro, Abel disse que ele estava voando. Em julho, bateu 15 gols, superando sua melhor temporada da carreira - quando fez 14 pelo Lanús, em 2021 - e recebeu elogios do treinador.
– A (função de) 9 é uma posição difícil. Ele está um animal, forte, rápido, possante, matador. Era um jogador que assinou por quatro ou cinco anos e que tínhamos esperança – disse o técnico no período.
Flaco terminou o ano, por sinal, como artilheiro do time com 22 gols, sendo dois à frente de Veiga, e deu sete assistências em 61 jogos. É a melhor temporada de sua carreira e também a que mais atuou, superando com folga os números de 2021.
Mas a chegada do Brasileiro, Libertadores e Copa do Brasil deu combustível às oscilações do centroavante.
Ele não conseguiu se firmar como titular, assim como Rony, e os dois terminaram revezando a posição até o fim da Série A, quando Flaco voltou a amargar o banco por quatro partidas. Recuperou o posto nas duas rodadas finais, mais por incompetência do concorrente do que por mérito de desempenho.
Se o desempenho no início do ano fez o clube esfriar a busca por mais um centroavante após a saída de Endrick para o Real Madrid, ao fim do ano o cenário já não é mais o mesmo.
O Verdão voltou a pensar na contratação de um camisa 9 e fez investidas, que terminam não avançando, nos casos de Gabigol, então no Flamengo, e Gabriel Jesus, do Arsenal. Ao mesmo tempo, não é o suficiente para cogitar a saída do argentino, que abrirá 2025 em mais um ano como aposta no time.